Desde os tempos mais remotos, a confecção do vestuário acompanha a evolução das sociedades, unindo funcionalidade e expressão cultural. Nesse processo, a modelagem se estabeleceu como área fundamental, responsável por estruturar a roupa antes mesmo da costura.
Não existe um marco histórico exato para o surgimento da modelagem como campo de estudo, mas registros apontam que técnicas semelhantes à moulage — quando o tecido é moldado diretamente no corpo ou no manequim — já eram utilizadas na Antiguidade (DUBURG; TOL, 2012). Com o tempo, duas abordagens principais se consolidaram:
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Modelagem tridimensional (moulage): o tecido é posicionado e ajustado sobre o corpo ou manequim, permitindo criar formas diretamente no espaço.
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Modelagem plana: utiliza moldes desenvolvidos a partir das medidas do corpo, que orientam o corte do tecido e sua posterior união por costura.
Esses métodos, ainda hoje muito utilizados, demonstram a importância da modelagem tanto no aspecto criativo quanto no técnico.
O Método Berimod: precisão e inovação na modelagem
A evolução da área, no entanto, não se restringiu ao saber empírico ou às técnicas tradicionais. Ao longo dos anos, a modelagem passou a ser sistematizada e estudada de forma científica, com pesquisas em torno das curvas do corpo humano, tabelas de medidas e métodos de ensino. É nesse contexto que se destaca o Método Berimod de Modelagem, desenvolvido e amplamente validado na prática.
O Berimod alia precisão técnica e didática inovadora, tornando o aprendizado mais acessível e a execução mais eficiente. Baseado em estudo das proporções corporais e organizado em uma lógica clara, o método permite reduzir erros, otimizar tempo e ampliar a compreensão estrutural da roupa.
Assim, ao transitar do saber empírico ao conhecimento técnico e científico, a modelagem do vestuário encontra no Método Berimod uma ferramenta que preserva a herança histórica da área, ao mesmo tempo em que projeta o futuro da moda com maior eficiência, praticidade e criatividade.