A Camisa Feminina: de roupa íntima a ícone atemporal da moda
Poucas peças do vestuário possuem uma trajetória tão rica quanto a camisa. Hoje ela é indispensável no guarda-roupa feminina, seja em looks clássicos, casuais ou até ousados, mas sua história revela transformações profundas que acompanham a própria evolução da moda e da sociedade.
Da roupa de baixo ao protagonismo
Originalmente, no século XVI, a camisa não era usada como peça principal: tratava-se de uma roupa íntima masculina, em contato direto com a pele, com a função de proteger os trajes externos do suor e da sujeira. Não tinha botões nem colarinho, sendo vestida pela cabeça.
Com o tempo, especialmente a partir dos séculos XVII e XVIII, a peça passou a ganhar visibilidade. Surgiram os colarinhos extravagantes, bordados e rendas, muitas vezes removíveis, que conferiam status social.
Já no século XIX, com a Revolução Industrial e o surgimento da moda prêt-à-porter, a camisa se consolidou como peça externa, ocupando papel de destaque no vestuário masculino e tornando-se símbolo de distinção social.
O século XX e a chegada ao guarda-roupa feminino
O modelo clássico que conhecemos hoje, com abertura frontal e botões, só se firmou no início do século XX. A estética minimalista e funcional se associou à ideia de formalidade e disciplina.
Foi apenas nas décadas de 1960 e 1970, com o avanço das roupas unissex e a presença cada vez maior das mulheres no mercado de trabalho, que a camisa feminina ganhou espaço definitivo. Nesse período, ela se tornou sinônimo de versatilidade: adequada tanto para ambientes formais quanto para combinações casuais e criativas.
A camisa no século XXI: tradição e inovação
A globalização e a rapidez das tendências a partir dos anos 2000 ampliaram ainda mais as possibilidades de uso da peça. Embora sua estrutura básica permaneça praticamente a mesma (colarinho, abertura frontal, mangas, punhos etc.), surgiram múltiplas variações de modelagens, tecidos e estilos. O cinema, a música e grandes movimentos culturais ajudaram a difundir a camisa como item democrático, atemporal e unissex.
Tecidos e conforto: mais que estética
A escolha do material influencia diretamente a experiência de uso. Entre os tecidos mais comuns estão:
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Algodão: respirável e confortável, muitas vezes misturado ao poliéster para dar mais modernidade e praticidade.
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Microfibras: leves, com toque suave e quase sem necessidade de passar.
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Fibras naturais como linho, seda e lã: trazem sofisticação e conforto em diferentes contextos.
Essa diversidade permite que a peça se adapte a ocasiões formais, casuais e até esportivas.
Vestibilidade e padronização no corpo feminino
Um avanço importante para a moda brasileira foi a aprovação da norma ABNT NBR 16933:2021, que define referências de medidas para os corpos femininos, contemplando especialmente os biótipos retangular (76% da população) e colher (8%).
Essa padronização facilita o trabalho de modelagem, melhora a vestibilidade, reduz desperdícios e torna a moda mais inclusiva, um aspecto essencial para estudantes e profissionais de design de moda que desejam aliar criatividade à responsabilidade social.
Por que estudar a história da camisa é importante para futuros designers?
Entender a trajetória da camisa feminina é compreender como as roupas carregam funções sociais, culturais e estéticas. Mais do que uma peça de tecido, a camisa é resultado de séculos de transformações e continua sendo reinventada.
Na Escola de Moda Paulistana, incentivamos nossos alunos a olhar para o passado como inspiração e referência, ao mesmo tempo em que desenvolvem soluções inovadoras para o futuro da moda.
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Esse é apenas um exemplo de como o estudo da moda pode revelar universos fascinantes e abrir caminhos criativos para sua carreira.
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Desde 2009, a Escola de Moda Paulistana está localizada na Rua Barão de Itapetininga, 273, 3º andar, no Centro de São Paulo, próximo ao metrô República. Fundada a partir de um projeto itinerante da professora Graça de Fátima, que teve início em 2000 sob o nome de Espaço de Moda Paulistano, a escola tem como missão capacitar profissionais para o mercado de trabalho na área do vestuário.
O projeto original oferecia cursos em diferentes paróquias de São Paulo, como Santa Ifigênia, São Gonçalo e Igreja do Rosário, com valores acessíveis e encontros semanais de três horas. Esses cursos abrangiam modelagem, corte e costura, e eram frequentados por homens e mulheres de diversas idades. Muitos alunos iniciaram suas carreiras confeccionando roupas sob medida, produzindo peças com medidas padronizadas para comercialização, ou criando roupas para si mesmos e suas famílias.
Com o crescimento da demanda por profissionais qualificados no setor, o projeto evoluiu e, em 2009, transformou-se na ESCOLA DE MODA PAULISTANA, estabelecendo uma sede fixa. Desde então, a escola tem se dedicado a inovar e atualizar seus cursos, oferecendo tanto modalidades presenciais quanto on-line para atender às necessidades de um público diversificado.